domingo, 16 de setembro de 2012

ser campeão

O teu rosto jovial e firme,
o teu espírito despreocupado,
a tua força física sublime,
a tua garra interior e valor arrojado.

Queres ser mais e mais alto,
queres alcançar até o inalcançável. 
Das vitórias és o mestre do assalto,
e pretendes ser História, ser memorável.

Vences-te a ti,
vences os outros.
Vontade como a tua nunca vi...
Querer como o teu nunca irei sentir...

Continua com força, continua a viver.
Faz a tua glória se ouvir,
até mesmo depois do adeus. 

sábado, 15 de setembro de 2012

palavras por dizer

Palavras são,
palavras vão,
palavras permanecem
e outras se esquecem...

Gritei no silêncio,
mas ele não se rompeu.
Estou sozinha com o tempo;
partiu-se o relógio
e o furacão da vida
me recolheu.



eternity

Foi passado, foi presente,

e são simples gestos

que nos marcam eternamente...




A faca

A dor consome-me a alma,
palavras magoam, chocam, ferem.
O meu espírito perdeu a calma 
e ouço os gritos das promessas
desfeitas, infinitas e esquecidas.

As lágrimas corroem minha pele
e perfuram o meu ser.
Não peço nada mais se não sobreviver
a estas meras, mas duras pancadas dele.

E vejo todo o mundo louco
com as mãos erguidas ao céu,
pedem apenas algo que foi seu:
felicidade, que durou pouco.

Chamas a isto nada
e esqueceste todas as inequívocas memórias.
Também as viveste, também já a recordaste,
mas no presente são apenas histórias.

fucking poem


no! I say "that's enough"!
i don't want you to lie, 
i don't want you to hide..
i want you to be only mine.
but that..that just can't happen.

one day we are so great,
in the other, you just don't know me;
and i feel like a fish
breathing with no water.

i try to forget,
i try to don't care, 
but what i've confessed you,
make alive the regret.

and you look to other girl,
you kiss her face
(like you once did to me)
and i just go away, lonely,
conforming myself that you don't love me.

but why? Why do you love her again?
does her claws make you want her more?
i don't have any plan,
but i have so much pain...
i only want our friendship to be amazing,
like it was before.

is this a goodbye, or will you open your heart to me?
really... just be there for me.






' How could you be so heartless? '

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Triunfos


Foram guerras, foram lutas
E os momentos marcam a História.
Heróis do mar, do Povo,
Personagens que se guardam na memória.
                                          
E o passado, que não volta,
E se torna cada vez mais esquecido,
Devido a buracos e crateras
Que as gerações têm construído.

Alergias, apoplexias,
Todo o mundo está cheio delas,
Mas porque é que depois de tantas históricas alegrias
Nunca acabámos com elas?

O mar foi poluído, assim como o Reino Portucale.
E os heróis adormecidos,
Sempre as nossas trufas de cristal.

Mas eles não voltam e novos são precisos
E o problema é que quantos mais se oferecem,
Mais fica este velho enterrado e empobrecido.

uma vida de heroína


   Era criança, mas tive que crescer e perdi a infância. Era menina pequena, livre; agora estou aprisionada em toda esta escuridão, onde tudo parece absorver-me, onde cada grito de silêncio me consome. Nesta caixa fechada que é a vida, nesta jaula que é o meu dia-a-dia… E grito, e corro, e fujo e quero desaparecer! Mas a chuva cai, os relâmpagos perseguem-me, os passos dele perseguem-me... Sinto as suas mãos grandes, frias e pesadas em mim, que me consumiram quando menos esperava, que me tomaram quando brincava… Não queria deixar as bonecas tão repentinamente, tinha tempo para viver isto, tinha tempo para crescer, para mudar, para suar, para me doer, para me custar, para sofrer. Não me largaste, nem mesmo quando viste que os meus olhos apenas sugavam os contos de fadas, os príncipes encantados, as espadas que eram derrotadas; não me largaste quando te perguntei o que estavas a fazer; não me largaste quando comecei a tremer. E durante tudo… continuavas a chamar-me criança mesmo depois de saberes o quanto me estavas a tirar isso, o quanto isso doía, o quanto sofria porque nem sequer sabia o que me estavas a fazer, porém depois percebi. Depois de o teres feito tantas vezes, de nunca te importares, de tanto me marcares, por fora e por dentro.
                                                                                                         
   Não voltei a confiar em mais nada, em mais ninguém. O arco-íris perdera todas as cores e estava inundado de preto e de branco, tons de cinza, como fora a minha infância… E as minhas lágrimas continuaram gélidas, densas… E, até, nem sei como depois de tanto ainda tinha lágrimas nos meus olhos, como depois de tudo ainda havia algo tão limpo e puro como a água é, dentro de mim. E fizeste-me sentir culpada. E fiquei muda. O meu redor ficou diferente, comecei a ver as coisas de outra maneira: deixei de ser criança. Tive que esconder o que sentia, resguardar-me, não ser eu própria. E tive que crescer. E hoje tudo me vem à cabeça, cada pormenor… O quanto tudo isso me enojava… Cada momento que só me apeteceu correr, gritar, FUGIR! E tu não deixaste, fui como uma escrava porque, simplesmente, era mais pequena e tu “governavas-me”. Pensava que os olhos das crianças diziam toda a verdade, mas quando olhava para as pessoas de casa, que supostamente não sabiam de nada, pareciam não perceber, não faziam nada. Se calhar sabiam que não valia a pena.

   Tento esquecer o passado, mas ele volta. Parece que sinto tudo como se fosse agora mesmo que se estivesse a passar… o meu coração bater tão forte e eu que não me conseguia mexer, nem sabia que fazer porque estavas a dominar uma simples criança que apenas te tinham pedido para tomares conta dela, não era intenção apoderares-te dela. Mais tarde soube que também o fazias com as tuas próprias filhas, eu própria o vi, e depois disso ainda me fizeste sofrer mais.

   Mas, como fui obrigada a crescer rápido, percebi que há coisas que temos que ser nós próprios a fazer e não podemos esperar pela ajuda dos outros, só podemos contar connosco próprios. E não me rendi, percebi que tinha que ser eu a minha própria heroína, percebi que tinha que ser o meu próprio príncipe encantado e salvar a donzela dos braços daquele monstro! Corri e fui à procura da justiça que se cumpriu e foste para a cadeia! No entanto, o medo perdurou e continuava a sentir a tua presença em mim e à minha volta… Aquele cheiro a cerveja e aquele ambiente gelado que se fazia sentir quando estavas presente. Sabes o quanto as crianças têm medo das sombras à noite? Parecem umas grandes mãos e afinal são apenas ramos de árvores? Para mim eram mesmo as tuas mãos.

   Da noite ao silêncio… Agarrar-me aos lençóis o mais que podia, pensar em histórias cheias de cor e fantasia, e, quando dava por ela, já era manhã. Ia para a escola e via todos os meninos e meninas felizes, trazidos pelos pais que se despediam com um beijo: e eu saber que os meus pais nunca estavam comigo e me tinham deixado aos cuidados da irmã da minha mãe que tinha um marido louco e que durante tanto tempo escondera aquela faceta sua. E, apesar de ele não ter voltado e até saber que não me faria mais nenhum mal, todo aquele passado não desaparecia, não se apagava, não era leve, mas sim pesada, vinha sempre à minha mente, à minha pele, ao meu pensamento, ao meu dia-a-dia, aos meus olhos claros e encharcados como o mar salgado. E dói tanto.

   Hoje? Não sou ninguém novo, apenas renovado. Aprendi a saber viver com as coisas que andam à volta da minha cabeça, aprendi a guardar e a conter lágrimas, aprendi que o silêncio pode ser dos nossos melhores amigos e aprendi que quando uma pessoa se rende, tornar-se uma vencida. E eu não sou uma vencida, sou uma lutadora. Não pensei em viver, pensei em sobreviver. Não pensei em sorrir, pensei em não chorar. Não pensei em levantar, pensei em nem sequer cair. Agarrei a alma e prendia-a a mim para que não escapasse, já que o meu corpo parecia tê-lo feito. Nunca tive nada do que muitos outros tiveram, mas até fui mais felizarda do que tantos outros. Porém, percorri uma guerra constante entre a sobrevivência e tentativa de felicidade que só a fui sentindo quando, poucas vezes, via a minha mãe e sentia o seu odor; quando viajava com o meu pai; quando estava fora daquela casa; quando via a “mãe” sorrir, nem que fosse só para ver o brilho dos meus olhos.

 Não procures pelo teu herói, sê tu ele mesmo. Aqueles que conheces? Só mesmo nos livros de aventuras. Se não somos nós próprios a salvar-mo-nos dos abismos, quem será? Há sempre alguém do nosso lado mas…e quando não houver ninguém? Temos de ser nós a aprender a amar, ninguém nos ensina isso, apenas podem ajudar-nos a descobrir maneiras de amar. Se não fores o teu próprio herói, a chuva pode ser tão barulhenta como a descolagem de um avião; Se não fores o teu próprio herói, podes perder a alvorada; Se não fores o teu próprio herói, será que haverá alguém que o será?




- texto baseado no livro: “Abandonada” de Anya Peters (nome fictício) – história verídica


   

mãe


Pegaste-me ao colo,
sorriste para mim,
todos os dias és o meu consolo
e eu gosto tanto de ti assim!
 O teu olhar é profundo,
tão puro, simples e novo.
és o meu mundo,
sem ti eu juro que morro.

Cada palavra tua faz-me renascer,
e é esse teu belo sorriso
que me dá ainda mais forças p'ra crescer.
Tu és tudo o que preciso.

Nunca te esqueças, mãe,
tu és linda de morrer...
e não importa o que os outros digam,
pois isso é verdade, podes crer!

És força, alma, linda
e sem ti não era nada.
Quero-te a meu lado toda a vida,
longe de ti o meu coração pára.

Amor de mãe é o mais puro,
e se te perdesse, minha casa seria algo obscuro.
Por isso não penses que não te amo,
não penses que não te quero comigo.

És o ser mais perfeito
à face da terra;
és angélica e com defeito.
Mas o teu defeito é seres demasiado bela
e pesares tanto no meu peito.

AMO-TE MÃE: ontem, agora e para todo o sempre! ♥

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

contos


Fiquei à tua espera
Uma vida inteira,
Príncipe encantado,
Das histórias de infância
Que me contavam à lua cheia,
No teu nobre branco corcel
Com o teu coração doce de mel.

Esperei pelo som da tua voz
E tu, bem sei, que muitas vezes me ouviste;
Mas ao primeiro obstáculo que te fez cair…
Tu partiste.

Percebi que não posso esperar pelo ‘encantado’,
Tenho que seguir em frente
E fazer dele um ‘achado’.

Não tem sido só um livro que me mente;
Não há super-heróis
Com poderes de fogo, água ou vento,
A verdade é que contos de fadas…
Já não se escrevem há muito tempo!

para : quem mais amo


São muitas as memórias que trago comigo... as lindas, as tristes, as nunca realizadas, as concretizadas, e todas permanecem. Gostava de as poder levar ao ombro sempre que saio das rotinas desgastantes e dos trabalhos a longo prazo, mas, muitas delas, são pesadas e vão-se desvanecendo com o passar do tempo.
  Hoje lamento muitos actos do meu passado e quero, também, muitos de volta. Tenho muita falta de quem agora me magoa, mas que, ainda ontem, me fez sentir a pessoa mais feliz do Mundo. Não quer dizer que ainda não o faça, porque amar dura e as suas marcas demoram a desaparecer e, muitas vezes, nem desaparecem. É tão forte esta saudade que me atormenta noite e dia, é tão permanente aquela voz que me aquecia e que hoje me arrepia carinhosamente. Tenho tanta falta dos abraços, dos beijos, das carícias, da paixão, do aconchego... Tenho tanto a tua falta!
  Como são fracas estas minhas palavras, que são levadas pelo poderoso vento; leva-as com esperança que elas cheguem a ti e que possas perceber que, eu, não desisto e só te quero ao pé de mim.

de : Quem mais te ama .

 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cor sem alma...

Perdi-me na noite escura
Sem qualquer luz ou companhia
Enrolei-me numa loucura
Sem qualquer cor ou alegria.

A escuridão mostrou-se superior
À esperança de te ver voltar,
Cada vez foi mais forte a minha dor
E a minha vontade de chorar.

O preto tornou-se o meu melhor amigo
Juntamente com a água salgada
Pois foi no mar cruel que te perdi,
Onde minha alma ficou congelada.

Agora nada podes ouvir
Porque o negro te envolveu,
O meu coração deixou de sorrir
Quando ouvi o teu adeus.

pesadelo

Nunca deixei que os meus ouvidos
Ficassem surdos
Nunca deixei que os meus olhos
Ficassem cegos
Nunca deixei que a minha boca
Ficasse muda,
E nunca vou deixar
De te ouvir
De te ver
Nem de te falar.

O meu corpo pertence a um só,
Se és tu? Ninguém saberá
Se sou eu? Nunca mais ninguém me virá.
Por mais que tenham dó
Nunca deixarei de ser quem sou.
Por mais que tenham pena
A minha alma nunca me abandonará.

Sou apenas eu e a minha mágoa então…
Deixaram-me sozinha,
Sem nada para me ajudar
Nem uma única mão
Me puxou para os seus braços,
Nem uma única voz ouvi chamar
O meu nome.

Vou-me esconder para sempre
No teu abismo,
No mais obscuro horizonte,
E só quando houver civismo,
Amor no meu coração,
Quando a guerra acabar,
Quando não ouvir mais nenhuma criança chorar…
Aí sim, mostrarei a minha face ao povo.

Mostrarei quem sou na verdade,
Onde estive,
Onde fui,
Se sempre viva me mantive,
E se chorei ou gritei.

Mas para quê? Se ficaram todos surdos?
Para quê? Se ficaram todos mudos?
E para quê? Se para me libertar,
De todo o mal existente, não havia modos?

Estava bem no meu sítio:
Frio, escuro, sozinho, fechado.
Agora voltei a ver a solidão,
A tristeza,
A morte,
A loucura…
Todos os meus pesadelos voltaram,
Os gritos não acabaram,
A dor continuou,
A esperança acabou.

Aquele sentimento que me falaste,
Não o vi mais…
Padeceu.

Desabafo

Apaixonei-me.
Enfeiticei-me por algo puro,
Um porto seguro
Um abrigo,
Um amigo.

Nem eu, nem ninguém
Lhe pode fugir
Apenas a força e a escuridão,
A loucura e a felicidade…
Pois é sublime, extremo,
É o tempo, a vontade, a existência.

Nasce sem cor,
Mas ganha outro sabor.
É uma vitória guerreada
Pelo esforço, luta e dedicação
É o topo da montanha, a estrada, a minha paixão.

Pode ser vista de várias formas:
Colorida, poderosa ou desmazelada;
Apaixonante, horrível ou magnífica…
É tudo e não é nada,
É tua, nossa e minha.

Insubstituível e imprevisível;
Meu amor, dás alegria à morte.
Uma melhor é para todos apetecível,
Mas na minha tenho sorte.

Este meu amar
Não é tão banal como parece,
Porque não é qualquer um
Que pode dizer:
Amo-te vida!

 

 

Ser...

Uma vontade de ser,
ser alguém novo,
de de repente aparecer
para este Mundo todo.


Mudar, é o que mais quero
agradar, o que mais desejo
acabar com o desespero,
mostrar quem sou e o que vejo.


Sonhar no infinito
e escrever o que acredito,
poder mais do que os outros
e dar luta ao inimigo.


Imaginar palavras que nos chocam
e nos enriquecem espiritualmente.