terça-feira, 25 de abril de 2017

Cravo cor de Abril

Um ano passado e floresceu.
Plantara essa semente
que vivo vermelho viria a ter,
com uma pitada da esperança
de quem a viveu um dia.
Poder torná-la protagonista do meu casaco preto,
enamorá-la com o meu sorriso.
Dar-lhe uma nova vida,
para além dessa subtil
que vivera, enquanto crescia, no meu jardim.
Mostrar-lhe a luz deste dia,
mostrar-lhe Abril.
Beijá-la como quem beija a História.
Inalar o seu perfume,
sob o imaginário de um passado
de que não se privilegiou a minha memória.
Poder ter-te ao peito
sentindo a liberdade das ruas.
Poderes ser cravo tom de amor
mesmo na constante urgência da sua existência,
num tempo que corre ágil,
volátil.