domingo, 14 de setembro de 2014

Sem rumo

Sem rumo,
sem destino,
assim me sinto...
Olhar o futuro e não ver o caminho,
olhar o espelho e não ver o figurino,
caminhar na multidão e estar sozinho.
Ter imensas direcções e não ter nenhuma,
saber o que não se gosta
e não encontrar gosto para nada mais...
Estar perdida e de bússola na mão,
cujo ponteiro gira sem opção.
De tristeza ao peito
e no rosto ilusões;
sem vontade,
só meras tentações...
Frases que acabam em pontos de interrogação,
ferida côncava no meio do coração...
Um fôlego de lenta respiração,
estrada em tempos idealizada
sem conhecimento da sua localização.
O tempo corre cada vez mais em vão,
pausa total que gera podridão.
Vozes que gritam na cabeça,
peso nos ombros,
o meu sangue nas mãos.


Ria de Aveiro

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