quinta-feira, 25 de setembro de 2014

28 versos

Acordei sem saída,
sem sequer ter achado a entrada;
de mente despida,
de alma frustrada.
Espelhos partidos
prometendo azar,
sonhos perdidos
sem pernas pr' andar.
Noites cansadas
de insónias bravas
que se revelam em fins de madrugadas
longe de contos de fadas.
Ignorância resoluta
com dor absoluta
que o sorriso oculta,
sem nunca se cansar.
Vivo dentro duma casota,
presa a uma rotina remota
à felicidade firme e constante.
Acrescentando uma saudade ofegante
que me desprende de avante
de todos os realismos.
Uma dança insólita
que me deixa alcoólica
de prazeres momentâneos. 
Um olhar frio e escondido
que vive ferido
da sua própria sentença.

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