domingo, 26 de janeiro de 2014

Alma cinzenta rosa

O cinzento da tua alma
visível a cada lágrima 
que se arrasta no teu rosto,
frio, gélido, cristalizado...
Conta mais histórias
do que os teus próprios lábios
rosados, pálidos, brochados.
Como uma rosa desfocada,
deslocalizada,
vendida,
perdida.
Como uma rosa suja,
mas de néctar doce
e limpo.
Como uma rosa desconhecida
mas que desperta curiosidade
em ser desvendada,
protegida,
como criança de tenra idade.

A tua alma de cinza
esvoaçante,
bailarina de corações.
Que deixa ecos cerrados
nas maiores multidões.
Como a rosa que se destaca
no meio de todo o roseiral,
por toda a razão
e por razão nenhuma.

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