quarta-feira, 23 de abril de 2014

Perdi-me e abriguei-me no sol sombreado

Perdi-me e abriguei-me no sol sombreado,
cada nuvem que o rodeia
desenha-lhe o fado.
Ofusca-se a luz que encandeia

todo o prado,
toda a cidade...
As casas perdem a cor que havia achado
e me leva a idade

e o tempo
que se esquiva fugaz,
por entre fios de cabelos ciumentos
que baloiçam p'rá frente e p'ra trás.

A sombra cobre-me e adormeço
sem encosto, sem conforto.
A saudade eu não esqueço
por me fazer viver em jardim morto. 


Sta Mª da Feira

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