Não sei porque espero,
se o tempo em mim se gasta.
Desdém que veste o desespero,
armadura que convém.
Não se desprende esta carraça
de mim,
moinho que gira
e me amassa.
Esta insónia que é ameaça
à rotina companheira,
que me consome
de toda e de nenhuma maneira.
Espero o teu nome
mil e três vezes sem conta,
sonolência que em normal trabalho
não se renova.
Que mesquinhez,
que jaula transparente se atravessa;
que ignorância cega
que me violenta repetidamente;
que insignificante insignificância
que surge repentinamente.
Quem é esse que se reflecte no espelho,
essa imagem é nada mais que aparente.
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