segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Às vezes sonho

Às vezes sonho que adormeço
no teu peito, nos teus braços.
Como se o tempo parasse,
a folia se esgotasse
e não houvesse mundo para além desse.

Sinto, nesse sonho, 
a tua pele, o teu calor, o teu odor.
Como se estivesses presente aqui,
como se estivesse suspensa no teu ar.

E sonho de forma tão real
que a saudade foge num suspiro,
e, todo o ar que respiro, 
se desprende num só fôlego,
abarcado numa ânsia desmedida. 

Por que és só sonho
nesta imagem que me envolve?
Parece tudo mais concreto

quando há certeza da sua irresolução,
já que a decepção é feita à nossa medida.

Ainda assim sonho.

Envolve-me e deixa-me fantasiar-te.

O sonho é só meu,
o segredo é só nosso.

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