Escondo-me na sombra,
pois ela não se pinta de esperanças.
Que mais é ela do que cinzenta,
do que fria e discreta?
Por isso me escondo nela.
E vou esperando,
qual pássaro que aguarda as gotas de orvalho,
das folhas, pela manhã.
Não sei se me atrevo,
menos sei se devo.
Duvidar se posso gostar,
se posso sair da sombra e saborear.
Se atravesso este refúgio.
E vou espreitando,
singela e cuidadosa.
De olhar sereno, mas curiosa.
Não sei se me atrevo,
menos sei se devo.
Só sei que quero.
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