Nunca depositaste nada de novo em mim,
nenhuma esperança,
nenhuma promessa,
nenhum compromisso...
mas mostraste-me o teu sorriso
e fizeste-me sorrir.
Despejaste o teu olhar em mim
tão intensamente,
tão vigorosamente,
tão resolutamente,
que foi impossível desviar a atenção
dos meus olhos
e do meu coração.
Tentei ser imune
à tua desintencionada flecha,
ao teu desdém viciante e carinhoso,
aos teus lábios quentes e molhados...
mas não consegui.
O meteorito formou uma cratera
mais profunda do que a noite,
do que o horizonte,
do que a minha intranquila alma.
E quem sou eu
para te querer mais do que desejo?
Quem sou eu
para querer sentir o néctar do teu beijo?
Quem sou?
mero despejo
Não vou chorar,
não vou bramir,
não vou bracejar.
Ficarei no meu lugar.
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