Um desejo em te sentir.
Tocar a tua pele quente
que me adormece em ti.
Um rastejar por neve fria,
afervorando em mim a lava trémula.
Ter-te sobre mim como corpo concreto,
corpo esse que apenas devaneio.
Continua a minha voz hesitante
e tímida.
Mas sei que se transformará,
e quero expirar toda a calidez da minha alma.
Não existes mas existes.
Não te sinto mas sinto-te.
Não te quero, desejo-te.
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