I have to say something
that I not should...
you are the the worst thing
I've ever wanted
and the only that having I not could.
It's my will,
I want you still...
sábado, 30 de agosto de 2014
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
saudade
Sinto um pingo de saudade.
Um pingo do tamanho do oceano.
Uma saudade triste,
escrita no silêncio de um piano.
Saudade de te ouvir,
saudade de me fazeres sorrir,
saudade da liberdade
que contigo consigo sentir.
Saudade da casualidade,
saudade do improviso dado ao tempo,
saudade da simplicidade,
de vivermos aquele momento.
Saudade de não ser tua
mas de sentir-me mais tua ainda,
saudade da tua alma nua,
de sentir-me bem-vinda.
Saudade de não amar
e de não sentir saudade,
saudade de me esquivar
à normal seriedade.
Saudade do que nada temos
mas que, sem querer, acabo querendo.
Saudade de morrer de sentimentos
e continuar vivendo.
Saudade de ser imune
e resistir por dentro,
mas a carne assume
e o fogo arde,
sumindo o alento.
Saudade que ingrata e fraca que és
que me cais aos pés...
A porta está aberta,
por favor, sai de vez.
Um pingo do tamanho do oceano.
Uma saudade triste,
escrita no silêncio de um piano.
Saudade de te ouvir,
saudade de me fazeres sorrir,
saudade da liberdade
que contigo consigo sentir.
Saudade da casualidade,
saudade do improviso dado ao tempo,
saudade da simplicidade,
de vivermos aquele momento.
Saudade de não ser tua
mas de sentir-me mais tua ainda,
saudade da tua alma nua,
de sentir-me bem-vinda.
Saudade de não amar
e de não sentir saudade,
saudade de me esquivar
à normal seriedade.
Saudade do que nada temos
mas que, sem querer, acabo querendo.
Saudade de morrer de sentimentos
e continuar vivendo.
Saudade de ser imune
e resistir por dentro,
mas a carne assume
e o fogo arde,
sumindo o alento.
Saudade que ingrata e fraca que és
que me cais aos pés...
A porta está aberta,
por favor, sai de vez.
ponto final
Por vezes é difícil usar o ponto
final. Colocá-lo de vez e pronto. Aí está ele. Pequeno, firme, mas
de enorme tamanho. Um 'sim' é sempre um 'sim', porém um 'não' é
sempre questionável; é construída uma montanha-russa em sua volta
quando o que queremos é chegar a um 'sim'. Podem até ter sido ditos
cinquenta 'nãos' mas um 'sim'... é sempre um 'sim'. O ponto final é
fácil de colocar quando escrevemos, ora ali está ele fixo no
teclado, ou, ora ali está ele na ponta da nossa esferográfica.
Porém, o ponto final, quando usado na nossa vida, é bem mais
difícil. Vestimo-lo de vírgulas, reticências, ponto e vírgulas,
pontos de interrogação, exclamação... o que seja, mas raramente o
usamos de verdade, quando nos envolvemos pela insegurança, pelo
medo, por tanta coisa que, por ser tanta, às vezes nem é nada. Nada
dura para sempre. Temos que saber como e quando usar o ponto final.
Por vezes é inevitável e, por ser inevitável, confundimo-lo com
adiável (talvez pela sua paronímia ou consonância). A
seguir a um ponto final pode vir um parágrafo, uma nova história,
novas palavras... E quem melhor para o contar senão nós próprios? Contudo, é tão difícil terminar algo que até nos fazia bem mas que, de já
tão remendado, acaba por não ter conserto. Há que saber distinguir sucata do que é reparável. E há que saber usar pontos finais
quando a restante pontuação não é mais a viável; quando a ganga
não é mais emendável... quando o ponto final deixa de ser
questionável.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
um
Despedi-me do teu inferno
como se desejasse
que o teu fogo
nunca mais me tocasse.
Vesti-me de um rigoroso inverno
como se um escudo de gelo
de tudo me protegesse.
Cuspi cada palavra azeda,
para que sentisses,
de vez,
os pormenores de uma página manchada.
Apaguei uma-a-uma labareda,
de modo a enjaular-te
na tua lúgrebe alma penada.
Desmantelei cada minuto murcho
e atirei-os ao mar bravo
que me inunda
e me sufoca de salinidade.
Fui por atalhos à procura da felicidade,
mas é nos caminhos mais duros
e cegos
que se encontra ela de verdade.
como se desejasse
que o teu fogo
nunca mais me tocasse.
Vesti-me de um rigoroso inverno
como se um escudo de gelo
de tudo me protegesse.
Cuspi cada palavra azeda,
para que sentisses,
de vez,
os pormenores de uma página manchada.
Apaguei uma-a-uma labareda,
de modo a enjaular-te
na tua lúgrebe alma penada.
Desmantelei cada minuto murcho
e atirei-os ao mar bravo
que me inunda
e me sufoca de salinidade.
Fui por atalhos à procura da felicidade,
mas é nos caminhos mais duros
e cegos
que se encontra ela de verdade.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
"Adeus"
Quis dizer-te “adeus”,
mas não é longe que quero que
estejas.
Denominei-te insignificância
e não é isso que quero que sejas.
O teu olhar fraqueja o meu ser,
sinto ter perdido algo que nem cheguei
a ter.
A fugacidade com que se movem os teus
lábios
deixam a minha vida,
cada vez mais,
em câmara lenta.
A cada simples despedida tua,
todo o meu ser se despe de cor.
O sangue que corre se congela e seca,
um nervosismo que se desperta em suor.
A minha voz em constante vibrato,
um pianíssimo desprovido de
musicalidade.
Um compasso completamente insensato,
numa avaliação sem qualquer equidade.
Nunca te disse “adeus”
por achar despedida permanente.
Como me pareço ter perdido no tempo.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
de que...
De que serve a palavra 'liberdade'
se não a consigo viver?
De que serve ter asas
se o mundo não posso ver?
De que serve dizer que se ama
se não se tem confiança?
De que serve proteger
se o sentimento é de vingança?
De que serve ter a chave
se a porta é inexistente?
De que serve sorrir
se tudo é aparente?
De que serve sonhar
se a sesta finda?
De que serve seres tu
se não sabes quem és ainda...
se não a consigo viver?
De que serve ter asas
se o mundo não posso ver?
De que serve dizer que se ama
se não se tem confiança?
De que serve proteger
se o sentimento é de vingança?
De que serve ter a chave
se a porta é inexistente?
De que serve sorrir
se tudo é aparente?
De que serve sonhar
se a sesta finda?
De que serve seres tu
se não sabes quem és ainda...
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Porto |
terça-feira, 5 de agosto de 2014
O abismo
Entrei novamente
no labirinto que és tu.
Cada pegada invisível dançante,
invocada por um chamamento oculto,
que só eu sinto.
O meu coração faminto
do teu encanto,
dos teus retoques amorosos
que me aprisionam pela brisa
que recua, indecisa,
entre alfa e ómega.
Tropeço em cada pequena pedra,
em cada deficiência
que surge sem tal aparência.
Vivo nesta demência...
entrando constantemente em labirintos,
mesmo quando a sinalização
apresenta vários perigos.
O abismo.
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