Deixou nada mais que silêncio.
Também deixou uma nódoa
que se esconde no Tempo.
Ficou um sabor azedo ao relento
e uma fadiga delinquente
que por flagelo reaparece.
Um resto dessa tinta por usar
de um frasco remendado sem concisão
que se esquece numa gaveta escangalhada.
Espelhou reflexos neutros e amarguras
sem se acusarem na exacta altura
que se tornaram tão claras e cruas.
Nó na garganta
nó no estômago
que silêncio ruidoso.
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