quando debruçada
via a chuva dançar,
fugitiva, das nuvens
até ao solo.
Não sei se por mero dolo
ou ignorância,
tentei ilustrar poeticamente o que assistia.
Não sei se por repentina miopia
ou distância,
perdi de vista essa chuva que caía.
Substituída pelo vento,
que sem piedade ou sossego,
atacara meus olhos
numa voraz rajada
exorbitante.
Empurrara-me para dentro,
sem qualquer calma ou timidez,
e por momentos ouvira,
murmurando,
que me acolhesse prontamente.
Mas o que eu queria
era continuar a visionar o mundo,
a paisagem, aquele quadro natural.
Sem receios de texturas
ou de qualquer acontecimento irracional.
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