Nova sombra,
nova sequela
que ao fim do dia
faz jus de todo o seu teor.
Núcleo que se desmembra
e que se escurece,
qual nuvem que cobre o sol.
E a luz que desvanece
e o vento que de frio se enriquece,
e a lágrima que se solta
e a fantasia que se revolta.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
sábado, 18 de abril de 2015
Claustro
Nunca pedi para fazer parte da tua clausura,
mas é cada manhã mais dura
sempre que acordo sem a visão de ti.
Sentindo, ainda assim, que contigo dormi.
A cada raio de sol que rasga a manhã
esqueço quando terei sido sã,
se de mim nada sei
para além de que não errei.
Continuo com a visão dessa porta fechada
que me deixa claustrofóbica de nada,
quando em ti depositava tudo
e de ti vinha um desdém agudo.
Por mais claro que até seja o dia,
vejo a nuvem negra que adia
qualquer alívio que expirava
e que abruptamente se evaporava.
Os tantos dias lacrimejantes tento esquecer,
todavia, o medo acaba por aparecer.
E esse portão apenas não volta a fechar,
porque só entreaberto é que sou capaz de respirar.
mas é cada manhã mais dura
Clérigos - Porto |
Sentindo, ainda assim, que contigo dormi.
A cada raio de sol que rasga a manhã
esqueço quando terei sido sã,
se de mim nada sei
para além de que não errei.
Continuo com a visão dessa porta fechada
que me deixa claustrofóbica de nada,
quando em ti depositava tudo
e de ti vinha um desdém agudo.
Por mais claro que até seja o dia,
vejo a nuvem negra que adia
qualquer alívio que expirava
e que abruptamente se evaporava.
Os tantos dias lacrimejantes tento esquecer,
todavia, o medo acaba por aparecer.
E esse portão apenas não volta a fechar,
porque só entreaberto é que sou capaz de respirar.
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