A minha alma é inocente,
dou a mão a quem apenas oferece um sorriso
e sou até mesmo capaz de dar o meu coração
a quem menos fez por isso.
Ingenuidade não é algo positivo,
simplesmente acredito nas pessoas,
mas cada vez que faço isso...
mais chicotadas levo no meu peito.
É talvez isto meu defeito,
mas, por mais que se deseje,
a perfeição é inalcançável.
Por isso, deixo-me reduzir à minha personalidade,
lamentando-me sempre que me veja.
E é talvez egoísta da minha parte
não aceitar as coisas como são,
mas a cada vez que elevo a razão
supera simplesmente a verdade.
Devo elevar sempre os sentimentos de poeta?
Ou deveria eu encarnar a ataraxia?
Não sei sequer se poeta (ainda) sou,
vivo apenas do meu nome,
vivo apenas de uma alma vazia.
Múltiplas almas, diversos corações.
Quero ser tudo e acabo por ser nada...
E após filosofar durante um bom bocado,
acabo por perceber que o meu ser
é apenas de humano.
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