sexta-feira, 5 de outubro de 2012

um dia

O Sol nasceu,
se ergueu o dia...
Mais uma manhã 
sem companhia.

Paira no ar
um suave perfume.
Não é o meu, não é o teu...
é o ar primaveril
no mirar
que tem Abril.

O tempo passa devagar,
não há movimento,
nada que me possa enganar.
Rumo em direcção ao vento
que faz questão de me relembrar
que tudo passa,
seja qual for o momento.

Põe-se o Sol no final do dia,
sorri disfarçadamente
cumprimentando a noite.
Mas ele sabe que é a minha companhia:
única e leve,
poderosa magia.

Chega a noite e esconde a luz,
são as estrelas que ela alumiam...
representam cada um que nos tem deixado,
e que, agora, de longe nos guiam.
Que belo que é o céu estrelado.

E fecho os olhos, lentamente,
recordando toda essa gente,
(re)vejo sorrisos e olhares,
palavras, rostos e cantares,
porque são as estrelas mais brilhantes,
são as estrelas mais cintilantes
aquelas que nos estão a observar.
E já viste como elas brilham para ti?






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