O Sol nasceu,
se ergueu o dia...
Mais uma manhã
sem companhia.
Paira no ar
um suave perfume.
Não é o meu, não é o teu...
é o ar primaveril
no mirar
que tem Abril.
O tempo passa devagar,
não há movimento,
nada que me possa enganar.
Rumo em direcção ao vento
que faz questão de me relembrar
que tudo passa,
seja qual for o momento.
Põe-se o Sol no final do dia,
sorri disfarçadamente
cumprimentando a noite.
Mas ele sabe que é a minha companhia:
única e leve,
poderosa magia.
Chega a noite e esconde a luz,
são as estrelas que ela alumiam...
representam cada um que nos tem deixado,
e que, agora, de longe nos guiam.
Que belo que é o céu estrelado.
E fecho os olhos, lentamente,
recordando toda essa gente,
(re)vejo sorrisos e olhares,
palavras, rostos e cantares,
porque são as estrelas mais brilhantes,
são as estrelas mais cintilantes
aquelas que nos estão a observar.
E já viste como elas brilham para ti?
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